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Guia completo sobre a Trindade

A Trindade é um dos princípios centrais da fé cristã. Ela representa a crença de que Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são três pessoas distintas, mas de uma única essência divina. Neste artigo, vamos explorar tudo o que sabemos sobre a Trindade e sua importância.

Aqui você vai aprender sobre:

  •         O que é a Trindade para a maioria das denominações cristãs?
  •         A visão dos Santos dos Últimos Dias sobre a Divindade
  •         Deus, o Pai
  •         Jesus Cristo
  •         O Espírito Santo, ele tem um corpo?
  •         Podemos ser como Deus?
  •         Não somos politeístas

O que é a Trindade para a maioria das denominações cristãs?

A visão sobre a Trindade é similar na maioria das denominações cristãs tradicionais: Deus é um ser único, composto de três pessoas — Pai, Filho (Jesus Cristo) e Espírito Santo — que são distintas em suas relações e funções, mas iguais em essência e divindade.

Segundo essa crença, cada pessoa da Trindade é plenamente Deus, possuindo todos os atributos divinos, como onipotência, onisciência e eternidade. E, apesar de suas funções diferentes (o Pai como Criador, o Filho como Redentor e o Espírito Santo como Consolador e Santificador), eles operam sempre em completa harmonia.

A Trindade é considerada um mistério por enfatizar que Deus é, ao mesmo tempo, um e três, algo que não pode ser plenamente compreendido pela razão humana, mas que é aceito pela fé com base nas escrituras bíblicas.

A visão dos Santos dos Últimos Dias sobre a Divindade

No entanto, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem uma visão distinta sobre a Trindade. Para nós Santos dos Últimos Dias, Deus o Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo são três seres separados e distintos.

Acreditamos que o Pai e o Filho possuem corpos físicos glorificados, enquanto o Espírito Santo é um ser espiritual. Em Doutrina e Convênios 130:22 lemos:

“O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível como o do homem; o Filho também; mas o Espírito Santo não tem um corpo de carne e ossos, mas é um personagem de Espírito. Se assim não fora, o Espírito Santo não poderia habitar em nós.”

E apesar dessa distinção física, eles são completamente unidos em propósito e missão, nos referimos a eles como Divindade.

Deus, o Pai

Para nós santos dos últimos dias, Deus, o Pai, é conhecido como o Pai Celestial. Ele é o Criador de todo o universo e, mais importante, o Pai de nossos espíritos. Essa paternidade é literal.  Como ensinado em Gênesis 1:27, acreditam que cada pessoa é um filho ou filha espiritual de Deus, criado à Sua imagem e semelhança.

Deus é descrito como um ser perfeito, com um corpo glorificado, semelhante ao corpo humano, mas em uma forma ressurreta e exaltada. Essa visão é inspirada em passagens como Hebreus 1:3, João 14:9 e Colossences 1:15 que diz:

“O qual é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura.”.

Ele é um Pai amoroso e se interessa pelo bem-estar de Seus filhos. Deus é justo e misericordioso, e Sua obra e glória são levar a efeito “a imortalidade e a vida eterna do homem”.

Deus também é o autor do Plano de Salvação, um plano que permite que Seus filhos espirituais venham à Terra, ganhem um corpo físico, aprendam e se desenvolvam física e espiritualmente.

Jesus Cristo, o Filho

Podemos dizer que Jesus Cristo é a figura central de nossa fé e crenças. Acreditam que Ele é o Filho Unigênito de Deus na carne e o único capaz de realizar a Expiação, devido à Sua natureza divina e mortal.

Sua missão foi predita pelos profetas desde a antiguidade, como em Isaías 53, onde está profetizado que Ele sofreria por nossos pecados e traria cura através de Suas feridas. Ele é o Salvador do mundo e o Messias.

Também acreditamos que Jesus é o Salvador e Redentor, e que Ele assumiu voluntariamente os pecados e sofrimentos da humanidade no Jardim do Getsêmani e na cruz do Calvário. Ele ressuscitou ao terceiro dia, venceu a morte física e espiritual. Por meio desse sacrifício, todos podem ressuscitar e, se aceitarem Seu evangelho, retornar à presença de Deus.

Jesus Cristo é visto como o Mediador e Advogado com o Pai, conforme ensinado em 1 João 2:1-2. Ele também é descrito como o exemplo perfeito, a quem todos devem seguir. Para nós, evangelho de Jesus Cristo é o caminho para a felicidade e a vida eterna.

O Espírito Santo

O Espírito Santo, ou o Espírito Santo de Deus, é o terceiro membro da Trindade e é considerado uma pessoa de espírito, sem corpo físico, conforme descrito em Doutrina e Convênios 130:22:

“Mas o Espírito Santo não tem um corpo de carne e ossos, mas é um personagem de espírito”.

Sua função é ser um consolador, revelador, e guia para os filhos de Deus.

O Espírito Santo é responsável por comunicar a verdade e testemunhar da realidade de Deus, de Jesus Cristo e do evangelho. Em João 14:26, Jesus prometeu que o Espírito Santo ensinaria todas as coisas e lembraria aos discípulos tudo o que Ele lhes tinha ensinado. Acreditamos que Ele ainda cumpre essa função hoje.

A presença do Espírito Santo é concedida permanentemente aos membros batizados da Igreja por meio de uma ordenança chamada “o dom do Espírito Santo,” que é conferido por imposição de mãos após o batismo.

Esse dom permite que o Espírito Santo seja um companheiro constante, desde que o indivíduo permaneça digno de Sua influência. Ele também é um canal de revelação pessoal, e seu testemunho é considerado fundamental para conhecer a veracidade do evangelho de Jesus Cristo.

Podemos ser como Deus?

Por meio das escrituras, aprendemos que temos uma filiação espiritual com Deus. Em Romanos 8:16-17, o apóstolo Paulo ensina:

“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se porventura com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.”

Estes versículos reforça a doutrina de que todos têm a capacidade de se tornarem como Deus, herdando tudo o que Ele possui, e reflete o propósito divino de elevar a humanidade.

Essa perspectiva é conhecida como “potencial divino”, que significa que cada pessoa pode desenvolver atributos de caráter divinos, como amor, bondade, paciência e pureza.

Deus preparou um caminho para que, ao seguirem a Jesus Cristo e viverem Seu evangelho, os filhos de Deus possam alcançar essa plenitude.

Nossa vida é um período de aprendizado e crescimento, onde cada pessoa pode progredir e se aproximar dos atributos de Deus. Por isso, podemos ter a esperança de, por meio da obediência e da graça, alcançar a vida eterna.

Somos politeístas?

Não. Somos monoteístas e acreditamos que Deus é o único Ser Supremo. As escrituras reforçam essa crença, no Livro de Mórmon, por exemplo, é ensinado que devemos “servir a Ele, o verdadeiro e único Deus, ou seremos varridos quando sobre nós cair a plenitude de sua ira”.

Em passagens como João 17:3, Romanos 16:27, Judas 1:25, Doutrina e Convênios 20:19 e Moisés 1:20 também confirmam que adoramos somente a Deus.

Conforme ensinou o Profeta Joseph Smith, Ele é “o Grande Pai do universo” e observa toda a humanidade com profundo cuidado e atenção paternal. No Manual de História da Igreja, lemos:

“A crença na exaltação torna os santos dos últimos dias politeístas? Para alguns observadores, a doutrina de que os homens devem se esforçar para alcançar a divindade pode nos fazer lembrar de templos romanos que lembravam as disputas entre os deuses. Essas imagens não são compatíveis com a doutrina dos santos dos últimos dias. Os santos dos últimos dias acreditam que os filhos de Deus vão sempre adorá-Lo. Nosso progresso nunca mudará Sua identidade como nosso Pai e nosso Deus. Na verdade, nosso relacionamento eterno e exaltado com Ele será parte da “plenitude da alegria” que Ele deseja para nós.”

A nossa visão como Santos dos Últimos Dias é de que a Divindade é formada por três seres distintos, mas unidos em propósito. A crença de que todos somos filhos espirituais de Deus e que temos o potencial de nos tornarmos como Ele traz esperança e propósito à vida dos crentes.

Por fim, viver essa doutrina nos convida a aprender a ouvir e buscar ter a companhia constante do Espírito Santo, a seguir o exemplo de Cristo e a buscar um relacionamento mais profundo com Deus.

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